O Som do Silêncio
Olá
escuridão, minha velha amiga
Eu vim
falar com você novamente
Porque a
visão suavemente arrepiante
Deixou as
sementes enquanto eu dormia
E a visão
que foi plantada em minha mente
Ainda
continua dentro do som do silêncio
Em sonhos agitados eu caminhei sozinho
Ruas estreitas pavimentadas
Sob o halo de uma luz de rua
Eu virei meu colarinho para me proteger do frio e umidade
Quando
meus olhos foram apunhalados
Pelo
lampejo de uma luz de neon
Que
dividiu a noite
E tocou o
som do silêncio
E na luz
nua eu vi
Dez mil
pessoas, talvez mais
Pessoas
falando sem conversar
Pessoas
ouvindo sem escutar
Pessoas escrevendo canções
Que vozes nunca compartilharam
E ninguém atrevia-se
Perturbar o som do silêncio
"Tolos",
disse eu, "vocês não sabem
Silêncio
cresce como um câncer
Escute
minhas palavras que talvez eu possa te ensinar
Pegue em
meus braços e talvez eu possa te alcançar"
Mas minhas
palavras caíram como gotas silenciosas de chuva
E ecoaram
nos poços do silêncio
E as pessoas curvavam-se e rezavam
Ao Deus de neon que elas criaram
E a placa cintilou o seu aviso
E as palavras que estava formando
E o aviso disse
"As palavras de
profetas
Estão escritas nas
paredes do metrô
E corredores de
apartamentos"
E sussurrou no som do
silêncio
Versão para o português da música The Sound of Silence de Simon and Garfunkel 1964.