Visitantes

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A fragilidade da vida







A fragilidade da vida

Embora vivamos mergulhados em vida, pois o universo respira vida, há que se sentir como ela é frágil.
Trêmula, leve e fugaz qual uma chama por entre o vento, a alegria e a solidão, a vida passageira insiste em si mesma. Às vezes a tempestade leva o sopro e a vida se esvai abruptamente, deixando órfãos de esperança uma família ou mesmo um povo inteiro.
Dolorosa a interrupção da vida, a saudade, o que se poderia ter sido.
Em meio à fragilidade há que se elaborar o luto e dele tirar forças para se constatar que a última palavra não é a da morte; por mais frágil que seja, a Vida tem a última palavra, a última para ser a primeira.
A vida sobrevive nos pedaços das recordações amorosas de quem fica e na memória afetiva de quem parte. Fica nos gestos, no carinho, na perseverança. Fica na certeza que o Criador não nos fez para a morte, mas para que tenhamos vida e Vida plena.
Na fragilidade é que a beleza e a fortaleza se manifesta.
O mistério não se mostra todo mas deixa antever como fímbrias de luz em meio à escuridão, a certeza da plenitude da vida, sua eternidade e sua plenitude, onde não há tempo nem dor, apenas luz e felicidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário