Minha pergunta:
Se vocês fossem o anjo Gabriel e não tivessem conhecimento prévio sobre aquelas pessoas, onde esperariam que sua mensagem fosse melhor aceita?
Da
parte de Zacarias e Isabel!
As
cenas de Isabel e Maria se passam em dois ambiente bem distintos. A primeira
num ambiente religioso institucional, o Templo de Jerusalém onde todo culto,
toda teologia, filosofia, justiça, lei, ensinamento, saúde pública, finanças
nacionais e internacionais, se concentrava, o ‘coração nuclear’ da vida de
Israel.
A
segunda cena, a de Maria, em Nazaré, que era o fim do fim do mundo civilizado
da época. Nem registro nos mapas havia desse arruado de casas humildes. Era
como comparar Nova York com um subúrbio de uma aldeia lá do Acre.
Zacarias
e Isabel representam a religião oficial, a religião clássica, a tradição, o
antigo, o poço.
Maria
representa o povo da periferia, o inculto, o laico. O novo, a fonte.
A
reação de Zacarias e de Isabel são de descrença. Um tipo de descrença que vem
do cansaço, da apatia e da falta de esperança (vejam que ele estava servindo no
Templo). A Fé é sempre irmã da Esperança e filhas da Caridade (Amor). Onde não
há mais esperança a fé sucumbe e a caridade fenece. O mensageiro de Deus
(Gabriel) mesmo assim mostra que a misericórdia de Deus é maior que as
fraquezas humanas e que renova as pessoas e as instituições mesmo quando estão
velhas e secas.
A
reação de Maria é a de quem tem Fé. A juventude de uma fé que não foi
corrompida pelo institucional, pelo tradicional, pelo rito morto. Sabe que vai
enfrentar uma vida de sofrimento e dor, mas confia plenamente no seu Deus. O
Espírito Santo então a cobre com sua luz e gera nela o Senhor de toda Vida.
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