Brasil, meu Brasil brasileiro
Detalhe da porta de entrada (vista de dentro) do Palau Güell, Barcelona
Às vezes é imprescindível tornar à superfície e vislumbrar alguma beleza e civilização, respirar, antes de tornar a mergulhar no caos e na barbárie.
Em que pese o desânimo, a descrença, a falta de desespero por achar imutável, vale ainda um pequeno olhar de esperança, mesmo mergulhado sob a superfície. O ano inicia com as mesmas mazelas e sequelas, podridões e feridas abertas de sempre. Porém, mais que porém, pela primeira vez na história desse país, está se conseguindo olhar de frente para os males dos quais padecemos há muito, sem empurrá-los para as profundezas do esquecimento camuflado.
A corrupção, a miséria do sistema prisional, o caos financeiro, o caos da educação, a insegurança pública institucional e a doença gravíssima da saúde. Nunca antes na história desse país, larápios graúdos, figuras execráveis da política e do sistema financeiro, da alta sociedade, foram encarcerados depois de processos e julgamentos justos e abertos à visão do público.
O primeiro passo e o mais difícil para se tratar um doente, é descobrir qual (diagnóstico) a doença que lhe acomete. Isso está acontecendo.... esperemos mais um pouco.
Assuero.
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