Visitantes

quarta-feira, 1 de maio de 2013

DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES


 
 
 
 
01-05-2013

DIA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES

            Um pouco da história.

O Dia do Trabalho resultou de uma greve ocorrida na cidade de Chicago (EUA) no ano de 1886. A data foi marcada pela reunião de milhares de trabalhadores que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Dias depois, outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e protestantes. Três anos mais tarde, em 1889, o Congresso Internacional Socialista, realizado em Paris, adotou como resolução a organização anual, em todo 1º de maio, de manifestações operárias por todo o mundo, em favor da jornada máxima de 8 horas de trabalho.  No Brasil a data é comemorada desde o ano de 1895, mas tornou-se oficial só em 1925. Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

 

E o dia internacional dos trabalhadores hoje no nosso Brasil?

 

Claro que há avanços, como ultimamente em relação aos empregados domésticos, que, até que enfim, acabam considerados trabalhadores com seus direitos assegurados. Mas é necessário fazermo-nos algumas perguntas: - qual o espaço e o lugar que os trabalhadores ocupam na forma de organização da sociedade brasileira? – como os trabalhadores são vistos e, ainda, como eles mesmos se percebem no projeto de construção de nossa nação?

 

O primeiro questionamento nos leva a notar a existência de duas formas de organização social: a piramidal e a circular. A primeira é aquela que divide a nossa sociedade em grupos. O grupo mais numeroso está na base da pirâmide, produzindo, através do seu trabalho, a riqueza que será usufruída, em sua quase totalidade, por um pequeno grupo de pessoas, aquelas que se encontram no topo da pirâmide, e, por sinal, definem como a sociedade deve ser organizada. O segundo modelo, o circular, cria condições para podermos superar a divisão entre os que produzem a riqueza e os que dela usufruem. Isto pode levar a uma distribuição mais justa das riquezas e, consequentemente, possibilitaria, aos poucos, a diminuição da desigualdade social que marca profundamente nosso país.

O segundo questionamento, que discorre sobre como os trabalhadores são vistos pela sociedade, nos faz pensar a respeito dos direitos fundamentais da classe trabalhadora. O que vemos na realidade brasileira é o grande distanciamento entre o que preconiza a lei em relação aos direitos dos trabalhadores e o cumprimento dessas leis, que lhes garantem condições de vida digna para si e suas famílias. Devemos perguntar: como anda o ensino público, qual a qualidade da saúde pública e do transporte público? As condições de trabalho de muitos trabalhadores são salubres?

 

Enfim, como os próprios trabalhadores se percebem no projeto de todo um processo evolutivo da sociedade? Entra aqui a questão do nível de consciência que eles tem acerca do seu próprio papel e do espaço que ocupam por meio da força do trabalho, nas definições dos rumos da sociedade e, consequentemente, na dignificação de sua própria vida. Em outras palavras, qual o grau de conscientização de sua insubstituível importância na construção de uma sociedade mais humanizada e com um futuro promissor.

 

É importante refletirmos continuamente sobre estas questões, a fim de que todos nós nos tornemos participantes ativos, protagonistas da nossa própria história.

 

Seja, portanto, o dia 1.º de maio não somente um momento de festas e comemorações, mas acima de tudo uma oportunidade para refletirmos sobre a realidade do trabalhador e o que podemos fazer a fim de melhorá-la.

 

           
Geraldo Frencken [geraldof73@yahoo.com.br]

Nenhum comentário:

Postar um comentário