Filhos de Macunaíma, somos
Para entender o Brasil, é necessário entender Macunaíma, o protótipo do brasileiro.
O Brasil hoje é a tribo de Macunaíma manifestando seus dons.
Cada nação tem seu herói mítico. Roma, Rômulo e Remo,
Grécia seus semideuses:
Aquiles: participou do cerco da cidade de Tróia, ajudando na vitória grega. Era um excelente guerreiro, com muitas qualidades nesta área. Seu ponto fraco era o calcanhar. Morreu ao ser atingido neste local, por uma flecha arremessada por Paris. Este evento ocorreu durante a Guerra de Tróia.
- Herácles (Hércules) - a força física era a principal qualidade deste herói. Suas façanhas estão presentes nas histórias sobre os Doze Trabalhos de Hércules. Derrotou monstros e cumpriu vários desafios que seriam impossíveis para os humanos. Era filho de Zeus e Alcmena.
- Teseu - venceu o Minotauro no labirinto de Creta.
- Agamenon - guerreiro valente e forte, foi o guerreiro comandante na Guerra de Tróia.
- Perseu - foi o herói que conseguiu decapitar a Medusa.
- Ajax - herói guerreiro que também atuou nas batalhas da Guerra de Tróia.
- Édipo: único a conseguir, com sua inteligência superior, decifrar o enigma da Esfinge. Tounou-se rei de Tebas.
- Cadmo: venceu o dragão que controlava a cidade de Tebas.
- Atlanta: heroína grega que participou da caçada ao javali de Caridon.
Os nórdicos: Odin, Thor, Buro, Loki, etc....
Inglaterra: Rei Arthur.
Povo judeu: Davi
França: Joana DÁrc
Brasil: Macunaíma
disse : MACUNAÍMA.
Macunaíma
Macunaíma nasce e já manifesta sua principal característica: a preguiça. O herói vive às margens do mítico rio Uraricoera com sua mãe e seus irmãos, Maanape e Jiguê, numa tribo amazônica. Após a morte da mãe, os três irmãos partem em busca de aventuras. Macunaíma encontra Ci, Mãe do Mato, rainha das Icamiabas. Depois de dominá-la, com a ajuda dos irmãos, faz dela sua mulher, tonando-se assim imperador do Mato Virgem.
O herói tem um filho com Ci e esse morre, ela morre também e é transformada em estrela. Antes de morrer dá a Macunaíma um amuleto, a muiraquitã (pedra verde em forma de sáurio), que ele perde e que vai parar nas mãos do mascate peruano Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, comedor de gente. Como o gigante mora em São Paulo, Macunaíma e seus irmãos vão para lá, na tentativa de recuperar a muiraquitã.
Após falhar com o plano de se vestir de francesa para seduzir o gigante e recuperar a pedra, Macunaíma foge para o Rio de janeiro. Lá encontra Vei, a deusa sol, e promete casamento a uma de suas filhas, mas namora uma portuguesa e enfurece a deusa. Depois de muitas aventuras por todo o Brasil na tentativa de reaver a sua pedra, o herói a resgata e regressa para a sua tribo.
Ao fim da narrativa, vem a vingança de Vei: ela manda um forte calor, que estimula a sensualidade do herói e o lança nos braços de uma uiara traiçoeira, que o mutila e faz com que ele perca de novo – dessa vez irremediavelmente – a muiraquitã. Cansado de tudo, Macunaíma vai para o céu transformado na Constelação da Ursa Maior.
Gostei demais de relembrar Macunaíma. Seu laboratório de texto ficou excelente. Parabéns.
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