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domingo, 28 de maio de 2017

Macunaíma encontra seu talismã




Macunaíma encontra seu talismã



No circo armado na Praça da Sé, Macunaíma fazendo amizade com os doentes mentais e com o pessoal da paróquia, viu ali uma oportunidade de não trabalhar.
Convenceu seu irmão Maanape que era trabalhador da metalúrgica e membro da paróquia a arranjar um lugarzinho para ele ficar ali perto morando de graça. Iria fazer as refeições no hospital psiquiátrico e para engrossar o caldo familiar chamou Jiquê seu outro irmão que vivia nas tribos falidas do Nordeste.
Foi a desgraça dos irmãos, pois Macunaíma acabou seduzindo as duas cunhadas e quando os irmãos saíam de casa Macunaíma ia lá e as faturava, mas isso é questão familiar e deixemos por hora esses conflitos do nosso herói, que acabou morando de graça, comendo de graça e se relacionando com as cunhadas de graça.
Cama, mesa e banho...Resultado de imagem para macunaíma e o talismã

É bem verdade que Sofará apanhava muito de Jiguê, pois ao invés de trabalhar ficava nas moitas com Macunaíma, tanto é que ele a deixou e casou com uma prostituta loura, muito bonita, que fazia ponto perto da praça da República. Seu nome era Iriqui, uma índia do Pantanal, mas seu cabelo era louro, louro, como uma propaganda de água oxigenada.
depois me lembrem de falar com Macunaíma mergulhou numa piscina de água oxigenada e saiu louro num terno Armani, mas isso é outra história.
A verdade é que o grande Macunaíma papou também Iriqui. Não escapava nada dele....
Traindo os irmãos e com a ajuda das cunhadas ele soube que o seu talismã, Muiraquitã, se encontrava numa cidade industrial na região da Grande São Paulo.
Com o tempo, o pai da nação, o grande líder, foi incorporando dentro dele o circo, o manicômio e a igreja. Com o talismã nada poderia segurá-lo nem detê-lo.

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(imagens do Google, livre adaptação 'midrash' da obra de Mário de Andrade)

 

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