Macunaíma entra no mundo do crime
Nosso herói sem caráter conseguiu fundar um sindicato e um partido. Pindorama naquele tempo ansiava por liberdade, foram tempos duros de repressão. O Partido de Macunaíma conseguiu catalisar o anseio de mudança e de liberdade da imensa maioria da nação.
Matreiro e com a ajuda dos intelectuais e artistas confeccionou bandeiras de ética, honestidade, liberdade, igualdade, respeito pelos direitos humanos, cuidado com os pobres, acolhimento das minorias, e tantas coisas boas. Era um tempo de retorno à normalidade. Mais que nunca os esteriótipos do povo brasileiro foram enaltecidos: "brasileiro povo pacífico, acolhedor, hospitaleiro", "brasileiro trabalhador, explorado e excluído", "trabalhador bom patrão ruim", "negro e índio bons vítimas de brancos ruins", "pobre bom, rico ruim", "heterossexual machista e gays oprimidos", "esquerda ética, direita corrupta", e Gerson fazendo publicidade de cigarro que levava vantagem em tudo. Época também de explosão de liberdade sexual e artística.
Ninguém melhor que Macunaíma para encarnar essa mudança tão ansiada. Pobre, analfabeto, trabalhador, do povo, contra as elites....
Nessa época o partido de Macunaíma começou a crescer. Pessoas nobres e outras nem tanto se fundiram sob a égide do nosso herói. Também nesse período ganharam algumas prefeituras e os catadores de lixo conseguiram trabalho organizado. Havia alguns amigos de Macunaíma que viram uma oportunidade de perpetuar o poder: dariam a exploração da coleta de lixo para esses catadores, em troca estes retribuiriam com um percentual para a prefeitura e esta para o Partido.
Bom para todos. Deu certo. O ovo da serpente chamada de Capei estava posto. Outra ideia genial depois dessa foi a de que todo trabalhador ou aposentado utilizasse para receber e fazer empréstimos um único banco, o Banco do Povo de Macunaíma, a nível de toda Pindorama e é claro, deixando sempre uma taxa administrativa para o Partido.
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