O Santo Espírito e os espaços vazios
Texto
III
Os
espaços vazios
.Se
olharmos de muito distante um edifício, do alto mesmo, teremos a certeza de que
se trata de uma construção compacta, sólida; mas à medida que nos aproximamos,
na sua face exterior, o edifício ainda aparecerá aos nossos olhos bem
concentrado como num bloco, grande. Observando melhor e mais de perto seu
interior veremos que existe muito mais espaço vazio que construção de concreto,
tijolo, argamassa, tinta, ferragens. Um volume de espaço vazio muito maior que
o efetivamente construído. Assim é com as construções humanas, assim é com toda
a natureza.
Olhando
uma galáxia ela nos parece um corpo luminoso único, ao aproximarmos veríamos
bilhões de estrelas, planetas, cometas, satélites, poeira cósmica. Nos seres
vivos também é assim. Corpos formados essencialmente de água e carbono. Células
que parecem juntas mas que ao microscópio eletrônico estão separadas banhadas
em fluídos e mais profundamente em átomos e mais ainda em partículas
subatômicas que são na verdade ondas de energia com infinitos espaços vazios
por onde possivelmente poderá passar uma partícula sólida (se assim podemos
chamar). O interessante é que tudo que existe é feito do mesmo material e da
mesma energia primordial.
O que
sustenta todas essas estruturas e preenche seus espaços vazios mantendo suas
formas e suas singularidades?
Arriscaria
responder: o Sopro de Deus.
Assuero
Gomes
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