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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

D. Helder e o espiritismo






D. Helder e o espiritismo

Que D. Helder tinha um coração ecumênico é um fato; que ele aceitava todas as pessoas com suas limitações também é um fato. Respeitava todas as crenças e ateísmos e tinha uma predileção pelos pobres e explorados, também é um fato.
D. Helder era cristão, católico. Sacerdote e bispo, além de profeta. Não é necessário dizer que a doutrina que ele sempre seguiu foi a doutrina católica e em todos os seus milhares de escritos não há uma só linha que destoe desse ensinamento.
Honrar a memória de uma pessoa, especialmente dos entes queridos, é respeitar o seu pensamento, suas crenças, sua filosofia de vida e suas ações; de outra maneira o estaríamos profanando.
Colocar D. Helder como participante ou crente de outra religião que não a cristã católica é o mesmo que explodir o ecumenismo, destruir uma memória ou rasgar os manuscritos vivos de uma vida. É claro que toda religião que pratica o amor ao próximo, especialmente aos deserdados dessa Terra, é uma religião que vem de Deus e como tal deve ser respeitada, conforme a crença de cada um.
Posso testemunhar que D. Helder nunca foi espírita, embora admirasse a caridade praticada pelos irmãos e irmãs que seguem essa filosofia/ciência/religião. Incomoda-me portanto, o fato de algumas pessoas que se dizem espíritas estarem a afirmar que “ incorporam” o Dom e até mesmo escrevem em seu nome (“psicografam”).
A doutrina espírita é incompatível com a doutrina cristã (digo a doutrina e lembro aqui que o que nos salva não é a doutrina, mas sim a conduta frente ao próximo necessitado), uma vez que para o espiritismo a morte e ressurreição de Jesus não é o acontecimento salvífico para a humanidade, mas sim o ocorrer de reiteradas reencarnações onde se purgaria e se purificaria o espírito até a sua salvação. Para todas as religiões cristãs, quem nos salva é Jesus e mais ninguém, pois para nós Ele é Deus e Deus é Ele juntamente com o Pai e o Espírito Santo.
Tive a paciência de ler algumas páginas de um livro dito “psicografado” por D. Helder e posso assegurar também, que D. Helder jamais usou algumas daquelas palavras em toda a sua vida, mesmo em seus escritos ou pronunciando-as, não resistindo o livro em questão, a uma análise filológica, mesmo que rudimentar.
Reitero minha crença no respeito à memória das pessoas, no respeito ao ecumenismo, no respeito ao espiritismo e na liberdade de crença de todos os homens e mulheres e suas famílias.

Assuero Gomes

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