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domingo, 29 de janeiro de 2017

Uma revolução que deu certo






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400 anos de uma revolução que deu certo


O carisma vicentino foi iniciado em 1617, na Igreja de Chatillon, quando Vicente de Paulo exortou os fiéis a ajudarem uma família pobre da Paróquia. A família foi salva pela pronta resposta a este convite à ação e como resultado deste momento, Vicente compreendeu que a caridade para ser efetiva devia também estar bem organizada, um evento que tem mudado o mundo nos últimos 400 anos.

O mundo marcado pelas incertezas, onde os partidos de esquerda se prostituíram  juntando-se aos de direita, velhas prostitutas da política (me perdoem as prostitutas, pois são mais puras que todos eles, e certamente entrarão nos reino dos Céus muito antes deles) para dividir o botim, onde o imperialismo belicoso de Putin subjuga, com suas bombas o mundo sírio, e por outro lado o isolacionismo de Trump levam a uma nova arrumação geopolítica do mundo, onde as bandeiras da fraternidade, da igualdade e da liberdade aparecem só raramente em algum hino europeu, um mundo onde os marginalizados e excluídos (desculpem o bordão) esperam migalhas dos pratos dos ricos, nesse mundo tão desorientado de desumanizado, a figura de um padre que se converteu depois de ordenado padre, com o contato direto com os pobres, se agiganta e trás respostas e bandeiras que completam 400 anos, atuais, lúcidas, necessárias e prementes.
Vicente de Paulo e sua companheira de fé, Luísa de Marillac.
A revolução deles se processou à maneira de Jesus a partir da conversão de cada pessoa tocada pelo amor(caridade) de Cristo e daí foi num crescendo de tal maneira que são incontáveis os benefícios e as graças derramadas por esse movimento revolucionário, sem derramar uma bala, sem desembainhar nenhuma espada, sem corromper ninguém.
Que a revolução de Vicente e Luísa permaneça revolvendo os corações as mentes das pessoas no mundo todo, sem fronteiras, sem discriminação, sem descanso, enqunto houver um só miserável no mundo.
O trabalho é grande.






Assuero Gomes
assuerogomes@terra.com.br 



sábado, 28 de janeiro de 2017

Uma imagem....



Uma imagem....








O ser humano, pela própria evolução aqui na terra, de milhões de anos, tem uma tendência consciente e inconsciente de 'ver' rostos e faces em quaisquer situações indefinidas. Isso o levou a sobreviver e se destacar das outras espécies animais que dividiam e ainda dividem a mesma casa planetária.
O ser humano é também o único ser vivo que consegue 'simbolizar'. Daí a arte e a religião.
A face é a figura mais primitiva e ancestral e primeira de nossa existência. Especialmente a face feminina, a face materna.
É da admiração e do deslumbramento da face feminina que nasce o prazer desde o recém nascido. O prazer da beleza, o prazer da segurança e da mama o prazer da oralidade que é imediatamente interligado à face.
A estética e a arte em geral nasce da face feminina. Notamos até os modelos de automóveis orientais que trazem silhuetas e faróis oblíquos, como os olhos da suas mães.
Há uma necessidade básica e imprescindível da face materna, depois sublimada pela face das mulheres belas. Há a necessidade da imagem de uma divindade que tenha a face de  Mãe.
A idealização antropomórfica de Javé (o primeiro Deus absolutamente masculino, que é autossuficiente na sua plenitude) deixa uma lacuna importante no inconsciente cristão. A figura masculina do Filho que é a humanização do Pai também não preenche totalmente essa lacuna.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Porta Nigra de Trier
















Porta Nigra de Trier























A Porta Nigra foi construída em pedra e areia cinza entre os anos de 186 e 200 d.C. O portão original consistia de quatro torres com duas fileiras de muralhas projetando para um semi círculo. Esse portal foi usado por muitos séculos até o final da era romana em Trier, como entrada principal desta bela cidade, a mais antiga da Alemanha.


No tempos romanos, a Porta Nigra fazia parte de um sistema de quatro portões que cercavam a cidade,  murada por sinal estritamente retangular. Ela fazia parte da ala norte. A Porta Alba foi construída a Leste, a Porta Média ao sul e a Porta Inclyta a oeste, perto da ponte romana de Moselle.
As portas ficavam ao final das duas principais avenidas dessa cidade romana, Trier. Uma no sentido Leste-Oeste e outra Norte e Sul. Infelizmente dessas belíssimas construções apenas a Porta Nigra continua até hoje.

Na "média" Idade Média os portões já não eram usados para sua função original e muitas de suas pedras foram retiradas para outras construções inclusive suas estruturas de ferro. Hoje ainda pude presenciar traços dessa destruição no lado norte da Porta Nigra. 




Porta Nigra in 1670

Após 1020 o monge grego Simeão viveu como eremita nas ruínas da Porta Nigra, e após sua morte em 1035 foi canonizado e um monastério de S. Simeão foi construído em sua memória bem pertinho do monumento. Para livra da destruição a Porta Nigra foi transformada em Igreja.







Em 1802 Napoleão Bonaparte "dissolveu" a Igreja da Porta Nigra e o monastério, bem como várias outras igrejas e monastérios de Trier. Depois ele mandou que restaurassem à sua forma original romana.
Em 1986 a Porta Nigra vou elevada a Patrimônio da Humanidade, além de outros monumentos desta cidade.











segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Papai Noel escravagista



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Papai Noel escravagista

Já tive durante minha longa vida várias reações à personagem de Papai Noel.
Até os seis anos de idade, ele nunca me faltou e sempre atendeu meus pedidos. Aos sete descobri que ele não existia, mas foi uma descoberta sem traumas nem maiores decepções, pois meu pai continuou a atender minhas expectativas nos natais que se seguiram.
Quando adolescente na década de 70, seguindo o modelo da época, o considerei uma invenção americana, um símbolo de dominação econômica, um modelo para incrementar as vendas do comércio, um acinte às crianças pobres que jamais receberiam seus desejados presentes, e assim por diante quando na década de 80 já havia mais rejeição ainda pois era um esteriótipo americano inventado pela Coca Cola para vender e pior, uma personagem criada para esquecermos de Jesus o verdadeiro aniversariante.
Apaziguada minha relação com ele nos finais de 80 e início dos 90, quando meus filhos ficavam tão felizes com as surpresas de Natal, embora nunca incentivados a acreditarem, até o Natal passado, logo agora em 2016, já indiferente ao velhinho pançudo, estando na Alemanha, deparei-me no noticiário sobre o Natal, com o Papai Noel da Holanda:

Sinterklaas.



Qual não foi minha surpresa ao ver que o Papai Noel de lá, vem sempre num navio, vindo da Espanha, com ajudantes negros, e a criançada holandesa o espera com os rostos pintados de negro (black face) !!!!


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Vou reproduzir uma resenha sobre ele:

São Nicolau é o santo padroeiro dos mercadores, marinheiros e crianças. Sendo os holandeses historicamente grande mercadores e marinheiros, e crianças aqui tendo papel destacado na vida social e familiar, faz bastante sentido a popularidade do Santo na Holanda. Ele é o santo padroeiro de Amsterdam, e é a origem do Papai Noel.

Sinterklaas é o Papai Noel (Santa Claus)?

Dizem que o gorducho de pijama vermelho inventado pelos americanos tem origem na veneração dos holandeses pelo Sint-Niklaas. O nome Santa Claus é suspeitamente parecido com Sinterklaas, e não vamos esquecer que foram os holandeses que fundaram Nova York (na época chamada de Nova Amsterdam) mas, segundo a Wikipedia, [carece de fontes] esta afirmação, e muitos dizem que a coisa toda foi inventada depois, pra encaixar, já que ninguém conhece a origem ao certo.
De qualquer forma, enquanto o caricaturista americano Thomas Nast inventou a figura rotunda do Santa Claus exportada pelo mundo todo (não foi a Coca-Cola que inventou o Papai Noel - lamento decepcionar os teoristas conspiracionais), aqui na Holanda o santo manteve sua aparência enxuta e super em forma, na versão Sinterklaas do São Nicolau (Sint Niklaas).

A tradição do Sinterklaas

Aqui na Holanda o Sinterklaas é magro, usa roupas vermelhas e o chapéu de bispo, segura um cajado. No século XIX outros elementos foram adicionados ao imaginário do santo pelo professor e escritor holandês Jan Schenkman, que fez o bom velhinho chegar da Espanha (!) de navio a vapor (!!), montado em um cavalo branco (!!!), e, dizem alguns, até seu ajudante, o Zwarte Piet.
E assim é. Todo ano o Sinterklaas chega da Espanha montado em se cavalinho, com seu ajudante e  um saco de presentes, os quais sai pela Holanda distribuindo com a ajuda de seu muito travesso ajudante, Zwarte Piet. Em algumas tradições, Sinterklaas é bonzinho e magnânimo, em outros menos - crianças malvadas não apenas ficam sem presentes, mas são postas no saco e levadas de volta pra Espanha (!!!!), aparentemente um destino terrível. Resisto à um grande número de piadinhas horríveis com muito custo, em respeito ao Bom Santo.

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Há quem diga que essa tradição vem da exploração da Guiana e América Central na questão da cana de açúcar e o financiamento e tributos aos reis de Espanha.
 Eu sei que há muita controvérsia e protestos em Amsterdam.
Eita Papai Noel complicado!!!!