
Como será que o Dom está enxergando o tempo lá da
eternidade, onde não há tempo? Lá de onde tudo está realizado na perfeição da
felicidade plena, profunda e luminosa, onde não há choro nem lágrimas, onde as
paralelas se encontraram, onde as mágoas se diluíram, onde o cordeirinho brinca
com o leão.
Caminha o Dom pisando delicado por sobre as estrelas do
manto de Maria, nos trigais eternos com Francisco, na companhia de seu anjo
José?
Enquanto a saudade campeia em nossos corações podemos
saborear gotas do mel de sua presença, talvez salpicadas da eternidade e já
escritas antes da partida. O poeta derrama seus versos sobre nós como uma chuva
benfazeja, a mitigar a aridez da ausência.
Oferecemos a você meu irmão, minha irmã, um pouco da água
dessa fonte, para regar nossos dias nesse ano que se inicia, sob as bênçãos de
D. Helder Camara, o eterno Dom de Olinda e Recife.
Assuero Gomes.
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