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domingo, 21 de abril de 2013

O Cântico do Sol, de S. Francisco de Assis, no outono de 1224


São Francisco vence Inocêncio III após quase 1000 anos; mas o que são mil anos para Deus senão um dia?





 
O Cântico do Sol, de S. Francisco de Assis, no outono de 1224
 
 
 
 
 “Altíssimo, onipotente, bom Senhor,

Teus são o louvor, a glória

e a honra e todo o bendizer.

A ti somente, Altíssimo, são devidos

E homem algum é digno de sequer nomear-te.

 

Louvado sejas, meu senhor,

com todas as tuas criaturas,

especialmente o senhor irmão sol,

pois ele é dia

e nos ilumina por si.

E ele é belo e radiante com grande esplendor.

E porta teu sinal, ó Altíssimo.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pela irmã lua e as estrelas,

no céu as formaste luminosas

e preciosas e belas.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pelo irmão vento e o ar e as nuvens,

e o céu sereno e toda espécie de tempo,

pelo qual às tuas criaturas dás sustento.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pela irmã água,

a qual é muito útil e humilde e preciosa e casta.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

pelo irmão fogo,

pelo qual iluminas a noite;

e ele é belo e alegre

e vigoroso e forte.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

por nossa irmã e mãe terra,

que nos alimenta e governa

e produz frutos

e coloridas flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,

por aqueles que perdoam por teu amor,

e suportam enfermidades e tribulações.

Bem-aventurados os que sofrem em paz,

que por ti, Altíssimo, serão coroados.

 

Louvado sejas, meu Senhor,

por nosso irmão, a morte corporal,

da qual ninguém pode escapar.

Ai daqueles que morrem em pecado mortal!

Felizes os que estão na tua santíssima vontade,

que a morte segunda não lhes fará mal.

 

Louvai e bendizei a meu Senhor

e rendei-lhes graças

e servi-lhe com grande humildade!

 

                          .

                                           

 

O Cântico do Sol, de S. Francisco de Assis, no outono de 1224.
 
 
 


 

 

 

 

 

 

 

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