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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

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O fim dos tempos

 

Terremotos, vulcões, maremotos, a Terra geme como em dores de parto. Guerras, extermínios, fome, peste, heresias, apostasias, destruição, sinais no cosmos, infanticídio, pedofilia, corrupção, roubo, assassinatos, tsunamis, drogas, a Terra emite sinais de exaustão e revolta.

Muitos se perguntam se o fim do mundo está às nossas portas.

Na teologia há um ramo de estudo que chamamos de escatologia, e que trata exatamente do final dos tempos. Os acontecimentos que ora presenciamos e nos angustiamos, na verdade sempre existiram, talvez em menor grau, mas como vivemos num mundo midiático de comunicação global em tempo real, tais eventos se apresentam mais terríveis ainda.

Na escatologia cristã alguns sinais são importantes. Através da leitura dos textos bíblicos, iluminados pela experiência pascal (encontro com o Ressuscitado) podemos concluir algumas coisas. Fica evidente que Jesus anunciou estes sinais cósmicos como premonitórios da escatologia, seguindo a linha profética e apocalíptica do seu povo judeu. Muito provavelmente tomou conhecimento e quiçá presenciou a destruição de Séforis, capital administrativa e centro cultural da Galileia, quando tinha em torno de 9 anos de idade (ficava a 7 km de Nazaré), que ficou marcada no seu inconsciente (a cidade foi destruída pelos romanos após um levante contra sua dominação). A pregação de Jesus, escrita somente após décadas de sua ressurreição, pelos evangelistas, teve influência da brutal destruição de Jerusalém pelos mesmos romanos no ano 70.

Há alguns sinais mais precisos, no entanto, que sinalizam para o “temido” final do mundo. Três me parecem fundamentais: o primeiro é quando todos os povos da terra tiverem ouvido a pregação cristã. No momento atual, talvez restem uns poucos habitantes da floresta amazônica, que estão neste grupo. O segundo é a (re)fundação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948.

O terceiro, e mais fundamental de todos, seria o reconhecimento por parte dos filhos de Israel que Jesus é o Messias esperado.

Precisamos entender também a cosmovisão do Povo de Deus na época histórica de Jesus: a Terra seria como uma grande bandeja sobre o mar. Este por sua vez seria o habitat dos monstros infernais, o grande abismo. A Terra teria sobre si como uma abóboda de vidro, aliás, em sete camadas (daí sétimo céu) donde os astros celestes estariam dependurados (sol, estrelas, cometas, lua, etc...). Deus estaria como que sentado no seu trono acima da mais alta das camadas celestiais. Haveria ainda uma escada (a do sonho de Jacó) que ligaria a Terra aos céus.

Jesus reiterou algumas vezes sua segunda vinda (parusia), desta vez definitiva e em sua plenitude de glória. Aqui se fundem várias opiniões que tendem a juntar todos esses acontecimentos num só momento, predito já pelos antigos profetas de Israel e assumido até os dias de hoje por várias correntes do pensamento teológico. Seria o Dia do Senhor, o Dia de Yahweh , onde e quando dar-se-ia o Juízo Final, o Julgamento Final, e assim por diante.

Uma certeza, porém, é radical (de raiz) para os que praticam os ensinamentos de Cristo (seguidores ou não de alguma religião): o mundo tal como o percebemos hoje será transformado num novo céu e numa nova terra (outra dimensão?), onde o relacionamento de Deus e os seres humanos e todas as criaturas será pleno, pacífico, feliz, sem dor de qualquer natureza, sem morte, sem choro, em pleno convívio com o Criador. Um tempo de Amor manifesto e eterno.

Assuero Gomes

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