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domingo, 3 de setembro de 2017

55 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 55

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55 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 55


O restaurante O Dom Partilha manteve-se aberto por quatro anos e meio, servindo uma média de 350 refeições por dia, no almoço, de segunda à sexta-feira. Tudo o que se arrecadava com R$ 1,00 das refeições era aplicado na manutenção. No início cobria em torno de 90 % das despesas. Com o passar do tempo essa diferença foi aumentando, mas nós nunca quisemos aumentar o preço simbólico de hum real.
A ajuda que obtínhamos era proveniente de pedidos nas missas, especialmente da Igreja das Fronteiras, de venda de livros que Pe. João e Irmã Vanda organizaram com textos diversos sobre S. Vicente e Sta. Luísa e a prática concreta do amor (caridade), doações do pessoal de Frei Aluizio, Pe. Arnaldo, o próprio João Pubben e seus amigos da Holanda, coleta que fazíamos entre nós. às vezes recebíamos doação de algum supermercado cujos produtos expiariam o prazo de validade daqui há
24 h, então corríamos e distribuíamos no mesmo dia.
Tivemos promessa de ajuda do governo federal (PT), mas sempre nos negamos a quaisquer promoção política partidária, e nunca obtivemos ajuda nenhuma (nem um grão de arroz), hoje dou graças a Deus não ter recebido, sabedor dos escândalos que vieram à tona com as operações da Polícia Federal.
Pensamos em expandir e abrir outro serviço no 'lixão' de Olinda (perto de Peixinhos), fomos ver inclusive uma localização bem na rua e obtivemos a promessa da prefeita de Olinda (PCdo B) que nos ajudaria, o que nunca aconteceu (graças a Deus). Tivemos promessa de ajuda da prefeitura de Recife no tempo do PT que mantinha um programa de cozinhas populares, após diversas tentativas o que nos foi oferecido foi o seguinte: eles tinham várias cozinhas industriais completas (salvo engano 9) que haviam comprado e nunca haviam sido usadas e estavam se estragando em depósito. Nós assumiríamos montar outro restaurante com toda despesa nossa (local, mão de obra, água, luz, funcionários, etc), eles nos cederiam em comodato a cozinha e nós forneceríamos para a prefeitura algo em torno de 100 refeições gratuitamente. Pelo custo das refeições, 100 refeições diárias nos daria para comprar uma cozinha no mesmo padrão. Argumentamos que era inviável, então eles nos disseram que trabalhássemos até mais tarde fazendo bolos e doces para vender e nos manter. Realmente uma proposta....
A água do restaurante para o preparo das refeições e dos sucos era analisada, os alimentos balanceados e higienizados, sempre dois tipos de proteína animal a escolher. Além disso distribuíamos pensamentos e reflexões de D. Helder, S. Vicente e outros, juntamente com as quentinhas.
Com o Dom da Partilha consumi meu tempo em dedicação e me afastei do Grupo Igreja Nova. Eles continuaram seu caminho e eu o nosso com os novos amigos que construímos nesse projeto (Fernando, Carminha, Bene, Fernandinho). As amizades continuaram, pois nesse tempo o veneno ácido do partidarismo político não tinha contaminado as relações.




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