Macunaíma entra no ramo do petróleo
A putrefina é um odor terrível que emana de um corpo em decomposição. PuTrefina ainda emana até hoje. Aquela coleta de lixo superfaturada cujo dinheiro reciclado para abastecer o partido e o status de Macunaíma, até os tempos subsequentes, gerou um núcleo criminoso e um modus operandi que rendeu frutos nefastos, não só o corpo da coleta de lixo mas milhares e milhares de trabalhadores e trabalhadoras do meu país, como diria Getúlio, que se vivo e vendo tudo aquilo, não desperdiçaria uma bala.
A equipe de Macunaíma passou a se viciar em cheiro de gasolina, benzeno, querosene, óleo diesel, borracha, tudo que vinha do petróleo, especialmente o cheiro de notas novas de dinheiro, que poderia ser de Real, mas como não eram nacionalistas, de Dólares Americanos.
A organização criminosa se aperfeiçoou de tal maneira que se expandiu para todo o território de Pindorama e como Macunaíma é o nosso herói sem caráter, em hora nenhum se importou com aquelas pessoas de boa vontade e crédulas que o elegeram, em vez de crédulas ele sempre preferiu as
cédulas.
Sem conhecer nenhum limite, Macunaíma mergulhou numa piscina de champanhe e gasolina (fezes também) com a promessa de embranquecer e se tornar doutor. Ele foi o primeiro a se banhar e se tornar louro. Jiguiê seu irmão índio, já se banhando na piscina suja em segundo, ficou com a cor de bronze e cabelo negro e liso e o terceiro Manaape só embranqueceu a palma das mãos e a sola dos pés. Todos queriam ficar brancos e louros, e ricos, mas nessa piscina quem chega primeiro é quem consegue e Macunaíma é o primaz dos seus irmãos.
Na sua cobiça não perguntou qual foi a empreiteira que construiu a piscina nem ligou para a estatal que a encheu com gasolina, nem o banco que "bancou" a champanhe.
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