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sábado, 10 de junho de 2017

O pacto com o diabo




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O pacto com o diabo, Macunaíma dança a dança da Morte.




Nunca antes na história de Pindorama alguém teve tal poder que pudesse mudar a trajetória desse país. Macunaíma, o herói brasileiro, o líder sem caráter, o protótipo da nação, alcançou esse tal poder.
Prestígio e voto popular, dinheiro, pois as commodities (petróleo, ferro, café, carne, soja) estavam com um preço excepcional no mercado internacional, a moeda nacional forte e estabilizada, o mercado interno ávido a consumir, desemprego em níveis baixos, tinha ainda maioria no Senado e na Câmara, quase nenhuma oposição politica.
Era a hora ansiada por todos e todas. Bastava fazer uma revolução na educação e fazer cumprir com as obrigações civis e legais. Mas Macunaíma e seu partido estavam perdidamente contaminados pela cobiça e pela luxúria.


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Há quem ache que o Mal é feio e asqueroso, cheira mal e é repugnante. Não. O Mal verdadeiro é sedutor, caprichoso, sutil e silencioso. Macunaíma estava dançando com ele. Voltou as costas para o povo. Esqueceu as promessas e as bandeiras, ou na verdade nunca as teve. O Mal o usou primeiro pela volúpia, depois pela vaidade e pela cobiça. Pensou que era o Poder, na verdade nunca foi nem o teve, era apenas uma marionete descartável do poder.
E levou o país ao abismo e à lama.
Dançou com o diabo e celebrou com ele numa taça de Romanee-Conti DRC 1990 (um lote de oito garrafas de Romanee-Conti foi leiloado em Londres, em 1996, e chegou ao valor de $28.112.). Dormiu com prostitutas de todas as tribos.  O preço que o Diabo cobra é caro: a merenda que não veio, o remédio que falta, a aposentadoria que não chega, a segurança que não há, o transporte que não conduz, a miséria, o salário do Mal é a morte. 
Macunaíma dançou a dança da Morte com o Diabo e foi sua nação que pagou sem nem sequer ouvir a música, só estampidos, choro e grito.

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