Viva a Vida! Como cristão....

Há que se ter alegria, embora a tristeza seja parte do
caminho, há que se sofrer sem sentir dor muito grande, embora a dor seja parte
do caminho. Há que se amar sobre todas as coisas e se sentir feliz consigo
mesmo, mesmo que as falhas sejam muitas, mesmo que sejam pertinentes as
críticas, pois amado somos acima de todas as criaturas. O próximo como a si
mesmo, só darás o que tem, e o que tem é muito, pois tem o amor do Filho de
Deus encarnado em si, e olha, que esse amor é infinito!
Viva a vida como se fosse o último dia, e o dia como se
fosse o primeiro da eternidade.
Olha para o irmão próximo a você como se visse o próprio
Jesus, dá de comer a ele se estiver com fome e de beber se estiver sedento, no
entanto se aproxime dele com o cuidado que o amor exige. Se a cada dia basta
sua cruz, a vida do cristão não deve ser pesada pois alguém já carregou a sua
cruz e experimentou seus pregos e sua coroa perfurante.
O nosso lugar e nosso tempo é hoje, mas somos passageiros
entranhados nas vidas de outros que se colocam em nossas vidas, ora ajudando,
ora atrapalhando, mas sempre interagindo, numa cadeia sem fim, no presente,
passado e futuro. Nosso tempo e nosso lugar definitivo não são aqui nem agora,
mas quem os prepara, a nossa morada definitiva, é o necessitado, na medida em
que cuidamos de sua morada aqui na Terra.
A vida do cristão deve ser feliz, leve, lúdica. Comprometida
com os ideais de Jesus e com a certeza da Vida plena, muito acima de todo
sofrimento ou dor, de qualquer amargura ou ressentimento, de qualquer inveja ou
rancor.
Não se entende um cristão triste ou rabugento, mortificado,
amarrado a leis ou tradições que não soergam os irmãos e as irmãs caídas. Não
se entende um cristão que leva a vida a medir a punição e o castigo que deve
sofrer o outro porque não cumpriu algum preceito.
Não é vida de cristão a vida de quem não serve.
Devemos nos lembrar sempre de que nosso Deus é um deus
único, tremendo, majestoso, criador dos céus e da Terra, que colocou as
estrelas e os outros corpos celestiais a bailar no céu do universo, que colocou
em perfeita harmonia as partículas mais ínfimas da matéria e as galáxias, nu
mesmo plano de fluidez e leveza, como num carrossel de parque de diversões;
pois bem esse mesmo Deus se preocupa com que agasalho o mendigo vai se cobrir
nas noites de relento, ou com o preso mais ignóbil que está trancafiado nas
prisões e ninguém vai visitá-lo. É o mesmo Deus, que num momento de carinho
extremo se fez pão. Fez-se pão. Fez-se PÃO.
Sejamos pão também para quem tem fome e fonte para quem tem
sede, e alegria para quem está triste, e saúde para quem está doente, então
veremos nossa luz brilhar, nos caminhos tortuosos e escuros nas vidas dos
outros.
Viva a Vida!