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terça-feira, 18 de julho de 2017

22 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 22





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22 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 22



A resistência aumentava. Alguns de nós nos unimos com o grupo de Frei Aluizio e resolvemos escrever manifestos contra as atitudes da Arquidiocese. Digo alguns porque outros não concordavam em se escrever sem assinar embaixo, era uma espécie de manifesto anônimo, bem embasado teologicamente. Discutíamos e redigíamos, então imprimíamos cada um em suas casas de maneira quase artesanal pois, computador estava iniciando de maneira incipiente e impressora também. Depois de tudo elaborado e confeccionado distribuíamos nas missas da Rua do Imperador, enviávamos pelo correio para alguns bispo e para padres inclusive para o arcebispo e seus auxiliares.
O grupo Padre Henrique ficava curioso para saber de quem era aquela publicação. Até onde sei nunca foi divulgado, embora desconfiassem que havia padre no meio, pelo estilo.
Eu pensei em ampliar a área de atuação do Igreja Nova, expandir. Hoje quando eu rememoro e reflito, penso que no inconsciente eu gostaria de ter evoluído para um movimento dentro da Igreja.
Pensei em algumas coisas: manter sempre o Jornal como meio principal de divulgação melhorando sua apresentação e seu lay-out e tamanho e distribuição. Fazer um programa de rádio, que realizamos, depois eu conto. Criar, o que naquele tempo nem se cogitava que existiria, uma espécie de central de internet (estava incipiente) religiosa onde ligaríamos as diversas paróquias, movimentos, dioceses, CNBB, e publicássemos o jornal também, era o que hoje é tão simples, um portal ou site com os links, mas naquele tempo nem se pensava nisso, mesmo assim fomos atrás da Embratel e existia uma tal de BBS que era um protótipo de interligação de grandes troncos de informação, a CNBB já tinha uma espécie de canal e nós tentamos nos agregar. Isso era o lado mais 'moderno'. Mas eu pensava em agregar todo mundo e para isso precisava fazer a ligação com o tradicional, então pintei um quadro com a imagem de Nossa senhora da Igreja Nova, onde a Virgem segura uma igreja na forma da igreja nova de Boa Viagem (está com Luiz Antônio em João Pessoa), pintei alguns panôs o que seria hoje equivalente aos banners, encomendei para fazermos uma 'bandeira' de procissão como estandarte, pensei em criarmos algumas mini capelas onde as pessoas passassem e parassem para uma oração, pensei também em fazer uma capela ecumênica dentro dos shoppings centers, o que quase foi viável, com um acordo com o Shopping Recife, pensei também em um tipo de evangelização que nossos irmãos espíritas fazem com coleta nos sinais de trânsito, onde deixaríamos mensagens cristão ligadas à mística social, pensei num programa de televisão, pensei em encontros de formação abertos para o grande público com palestrantes nacionais e estrangeiros, teólogos e bispos, com apresentação cultural local antes de cada palestra, mais tarde um restaurante para os pobres onde poderíamos também evangelizar e sermos evangelizados.
Tudo isso era pensado, colocado para o grupo, algumas dessas ideias evoluíram outras não, alguns do grupo aderiam,outros não, as que foram aceitas, então eu elaborava melhor e ia atrás de meios financeiros e locais para realizá-las.




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