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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

50 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 50

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50 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 50



O anjo Gabriel quando foi anunciar a gravidez de Isabel e depois a de Maria teve duas surpresas, uma ruim e outra boa. Ora, ele pensou que chegando no templo, que era o lugar de oração e devoção, indo falar com o sacerdote escolhido e oficial daquele dia, Zacarias, quando anunciasse o milagre que sua mulher geraria João, mesmo depois de avançada na idade, certamente seria recebido com imenso júbilo de alegria e festa, pois ali se pregava as escrituras e se cobrava a fé das pessoas e se anunciava como servidores de Javé. O anjo certamente não teria problemas. Ledo engano.
Ali teve um dificuldade enorme e a boa nova não foi recebida nem com fé, nem com júbilo, apenas descrença.
A inspiração de se ciar um restaurante digno para os pobres que comiam no terraço da Igreja das Fronteiras, foi uma inspiração do Dom e de Vicente de Paulo. Eu estava penetrando no lado mais difícil da nossa religião cristã: a prática. A ação concreta. A fazer a diferença na vida de quem necessita.
Comecei a procurar doações para montar e manter o restaurante. Falei na missa algumas vezes da intenção. precisava de um lugar para alugar. Pensei que seria mais fácil, pois convivia com gente de Igreja que pregava, estudava, escrevia, divulgava a Palavra de Deus. Percebi que a 'caridade é muito mais pesada que o caldeirão de sopa que se dá aos pobres'. Saí pedindo a um e a outro. Consegui as doações de panelas usadas e utensílios. Uns freezers e um geladeira pouco danificados. 
A dificuldade era grande, então num domingo durante a missa das Fronteiras, eu rezei quase desesperado: 'meu Deus, se não é para fazer me dê um sinal. Mas se é, me mostre um caminho, pois já tentei de tudo dentro das minhas forças'.
O sinal me foi dado. Muito fortemente para não deixar dúvidas.
Ao terminar a missa, uma senhora que eu conhecera no Cursilho me procurou (ela estava participando da celebração, sentada a pouco mais de dois metros de mim) e me disse, exatamente nestas palavras: "Assuero, eu quero que você venha aqui fora que eu tenho uma coisa para lhe mostrar". Eu fui. Lá na calçada lateral da Igreja das Fronteiras ela me mostrou o carro dela estacionado (um Passat 79). "Sim?" disse eu. "É seu". "Meu?" ela respondeu, "sim, é seu, você não está precisando de um carro para o restaurante dos pobres? Pois eu estava rezando na hora da Elevação e pedindo a Deus para me iluminar sobre o que eu ia fazer com esse carro, pois sou a única dona, e o meu consórcio saiu, e eu não queria vendê-lo. Foi aí que tive uma inspiração de doar para seu restaurante! É todo seu, os documentos estão em dia, matriculado. Cuide dele."
Havia dúvida? Para mim nenhuma mais a partir daí... 








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